Sunday, October 15, 2006

Webjornalismo participativo e a produção aberta de notícias

Alex Primo e Marcelo Träselno no artigo intitulado “Webjornalismo participativo e a produção aberta de notícias” abordam a questão do desenvolvimento tecnológico como o impulsionador de uma participação activa dos cidadãos na publicação de informações de interesse público. Assim sendo, “o sujeito que lê é o mesmo que escreve as notícias, compartilhando responsabilidades e tendo no envolvimento pessoal sua principal moeda de troca” (Brambilla, 2005, p.6)

Uma vez que o webjornalismo participativo pode ser produzido por indivíduos que não têm formação técnica em jornalismo é necessário proceder à actualização de conceitos tais como o de gatekeeping. Tendo em conta que “o espaço [para publicação] na Web é virtualmente ilimitado” o importante não é seleccionar as informações mas sim analisar e avaliá-las, nomeadamente quanto à veracidade das mesmas. Desta forma o processo de gatekeeping dá, então, lugar ao de gatewatching.

Nas páginas web os internautas não têm possibilidade de criar novos links, acrescentar textos ou comentários, o que impede o aumento da rede de informações e prova que ainda existe uma barreira entre os autores e os leitores. No entanto, existem dois modelos de abertura dos jornais online à escrita colectiva. Nomeadamente, o hipertexto cooperativo, em que os envolvidos criam um texto comum, e o hipertexto colagem, no qual existe um trabalho de união das partes criadas em separado.

Nos sites analisador pelos autores, foram identificados diversos tipos de moderação, nomeadamente, moderação centralizada, em que o editor analisa e corrige com o assentimento do autor do texto; de moderação compartilhada, na qual existem diversos moderadores, e até mesmo, a inexistência de moderação, na qual os colaboradores são livres de publicar artigos ou realizar comentários e intervenções. Após este estudo, verificou-se que a principal diferença do jornalismo tradicional e do webjornalismo participativo assenta nas interacções com e entre os colaboradores. Deste modo, o papel do jornalista fica ampliado, pois para além de realizar as coberturas de guerras e escândalos de corrupção, eles podem criar as suas próprias publicações, e ensinaraos cidadãos, as técnicas jornalísticas essenciais para que estes possam participar em reportagens de colaboração.

Andreia Guerreiro nº25272 Helga D’Almeida nº 25841 Liliana Vieira nº 25288 Mónica Martins nº 25291

0 Comments:

Post a Comment

<< Home