Saturday, October 14, 2006

Conhecimento e interacção: fronteiras entre o agir humano e a inteligência artificial

Neste artigo, Alex Primo pretende explicar as principais diferenças entre o conhecimento humano e a inteligência artificial. Assim, mostra que a capacidade criativa e a aprendizagem através dos erros, não pode ser reproduzida nos computadores. Apresenta a perspectiva behaviorista, para que se compreenda a relação entre estímulo-resposta, pois esta pretende prever os comportamentos através de situações já ocorridas. Contudo, essa previsibilidade nem sempre se verifica. Mostra ainda, que o computador não consegue lidar com o abstracto sem utilizar experiências que já foram vividas e que o conexionismo é um projecto que pretende moldar a cognição humana através de neurónios artificiais. Estes “treinam” as redes neurais, que por sua vez, recebem um input para produzirem um output. Também não se podem ignorar as relações e os problemas interpessoais, pois os computadores não vão agir de forma autónoma e equivalente à humana. A experiência impõe-se por si própria, sem qualquer organização por parte do sujeito. Em comparação à inteligência artificial, esta depende de um processamento de dados e regras, ou seja, segundo Alex Primo “quanto mais informações um sistema de inteligência artificial contiver, mais demorado e difícil será o seu trabalho”.
Por fim, as máquinas não conseguirão contextualizar o que aprendem ou o que fazem. O contexto permitirá que se tenha um conjunto de alternativas, no qual será possível basear uma escolha.
Assim, através do artigo percebe-se que os projectos que visam a inteligência artificial, se resumem ao processamento de dados, não dando importância ao que não é racional, tal como a emoção, a sensação. O autor utiliza ainda outras opiniões de autores sobre o tema, nomeadamente, a de Maturana e Varela, a de Piaget, e a de Becker.
Ana Sofia Varela e Sónia Pascoal

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